quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Carnaval - pte 1 (Taxistas)


Olás caros leitores e amigos. Carnaval de verdade é no Nordeste. Multiculturalismo de Pernambuco, quem não conhece está perdendo tempo. Pelo Carnaval e pelas efemérides que você coleciona!


E vamos a eles! Afinal de contas estes fatos me perseguem, é o karma do meu blog, caso contrário não teria histórias para contar.

Os taxistas em Recife parecem todos daltônicos. Nunca viram a cor vermelha, do farol fechado, sabe? Acho que perdi os 38 fios de cabelos que tinha parte traseira do couro cabeludo. Sim, quase fiquei careca. Pelo menos em 19 cruzamentos não consegui identificar a faixa de pedestre. Sei de cor e salteado os mais diversos formatos dos velocímetros dos carros de Recife, Olinda e afins. Mas um deles foi especial, um carinho especial.

Noite de Carnaval: 23 de fevereiro, Marco Zero (Recife)

Horário: 2h58, pós show do Lenine

Taxista: Cabra braaavo.

Começa a viagem rumo ao hotel. Logo de início nosso amigo inicia uma briga com o guarda de trânsito (me senti mais seguro que no presídio da Papuda-DF); depois resolve xingar a estrutura do Carnaval, que há 10 anos é a mesma coisa, interditando ruas desnecessariamente, dizendo que o policial tava ali pra brincar Carnaval, que a farda era fantasia, era falsa. E soltou um: "Oxe, nóis já deu dois arrodeio e agora?" Claro que a palavra arrodeio não foi nada fácil de compreender e demorei 2 dias para decifrar o enigma.


Mas a aventura ainda não chegou ao fim. O colega taxista (bom caráter, estilo Antônio Alves, personagem de Fábio Junior em novela de outros idos) decide fazer uma ligação para sua casa. Do seu celular fala com a patroa. perguntando sobre o filho. A conversa foi incompreensível. Era um dialeto único e no final ele me perguntou: "Oxe, meu filho é cabra safaaaaaaado, sem vergooooonha, mentirooooooso, num é?"

Eu respondi que sim, claro, como não? Sem vergonha mesmo.


A aventura chega ao fim. Que alívio. Depois de dois arrodeio, um filho cabra safaaaado e o policial falso, hasta señores!


Ainda tem muito mais.

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