segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Plano Decenal - "obsoletal" (licença poética)


A cada dia que passa eu penso em enfiar a cabeça numa melancia e me fechar numa redoma, para acordar daqui uns 50, não, uns 220 anos. Contrariando as regras do jornalismo tradicional não iniciei o texto de maneira objetiva, me desculpem os colegas. Tenho que rodear para não começar sapateando na cabeça dos nossos governantes e da mídia de um modo geral.


Na sexta-feira, o "brilhante" ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, anunciou o Plano Decenal de Energia. É brincadeira, mais uma vez engolimos um plano teórico, de metas. É a mesma avaliação do Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Fica tudo no papel.


O governo perde uma excelente oportunidade de dar um impulso e incentivo às fontes renováveis de energia. E não sou eu que digo isso. O Greenpeace está fazendo um tour pelo Brasil e o lema vai nessa sentido, de aquecimento global, proposições de novas energias, etc.: SALVAR O PLANETA É AGORA OU AGORA. E o pessoal da ONG está em Fortaleza, onde o potencial eólico é gigante. Já existem alguns parques, como em Aquiraz, mas podemos fazer muito mais.


Esse Plano, da forma como está é uma simples previsão, feita de forma mecânica, com base no que já vinha sendo feito, sobre onde vamos chegar se continuarmos no mesmo caminho, ou seja, no abismo da dependência de combustíveis fósseis. De onde o mundo inteiro quer sair...


O jornalista André Trigueiro divulgou hoje (09/02/2009) em seu Blog Cidades e Soluções, no portal da Globo.com uma analogia muito interessante dos planos Lobão (Brasil) e Obama (EUA).

Longe de serem exemplos ambientalmente corretos, mas é latente a objetividade dos americanos.



"Na mesma semana em que o Brasil anunciava seu plano estratégico para o setor de energia, os Estados Unidos de Barack Obama determinavam a redução compulsória de 30% no consumo de energia das edificações
públicas federais. O plano de eficiência energética americano compreende -
entre outras medidas - que, a partir do mês de agosto, 30 produtos
eletro-eletrônicos como computadores, celulares, aparelhos de ar-condicionado,
etc, deverão sair de fábrica com metas mais rígidas de consumo de energia. Da
Casa Branca, saiu a ordem que repercute diretamente no pátio das fábricas em
favor da racionalização do consumo de energia. "


Mais claro impossível.

Hasta.


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