quinta-feira, 16 de abril de 2009

Curriculum

Esta semana estávamos selecionando, aqui na rádio, um repórter para o programa que eu trabalho.

No entanto preciso relatar peculiaridades. Algumas engraçadas, outras tristes, de verdade. A vaga foi anunciada da seguinte maneira:

*Repórter para programa de rádio.
- Gostar do veículo
- Experiência em rádio
- Disponibilidade para manhã e tarde (a princípio a tarde)
- Início em maio / Salário - R$ 2.000,00

Pois bem, começando pela parte tragicômica.
Um deles enviou um detalhe interessante com relação à formação do 1º grau. Os nomes são fictícios.
- "Inesquecível" EMEI Ofélia Santos (Hein?! guarde este detalhe para contar ao sogrão né)
Outra: Essa, ao meu ver, tem relação direta com a (falta de) de leitura com o anúncio.
- Recém-formada em Administração de Empresas, no entanto com muita disposição para aprender sobre rádio. (Pera lá, se fosse de Publicidade e Propaganda até entendia, está na área de Comunicação, mas ADM?? Não entendi.)
Mais uma: Vale como dica. Experiência em rádio não significa ter feito matérias na faculdade. A experiência significa ter feito rádio-escuta, checagem ou até mesmo reportagem em alguma emissora. Acredito que os postulantes à vaga não precisam se "queimar" à toa. Se não tem experiência, ok, talvez outra vaga tenha o seu perfil. Mas reportagem de rádio pra faculdade, definitivamente não é experiência em rádio.

Outra interessante foi de uma atriz. (??????). Com fotos, etc. Não consegui compreender qual foi o intenção da moça. Outros locutores, dubladores, apresentadores. Mas o anúncio era claro. No meu ponto de vista, Repórter de Rádio, deve ser jornalista e não algo do gênero.

Agora uma crítica ao Sistema. Mais de 40% dos candidatos tinham Pós-Graduação. Ou até mesmo mestrado. É triste a realidade do mercado, por isso não os culpo de maneira alguma, pois pimenta nos olhos dos outros é refresco, como diz o chavão. Mas é triste o mercado não poder atender essa demanda de excelentes profissionais.

E muitas vezes a empresa não contrata pois acredita que ele (a) seja muito qualificado para a vaga. Também tive a experiência de receber ligações de pessoas que moram em outro estado interessadas na vaga e que fariam de tudo para ter o emprego. Por isso caros, dêem valor ao que têm, muita gente faria de tudo para estar no seu lugar.
Boa sorte a todos.

Hasta

2 comentários:

  1. O que teria motivado tantos interessados, ainda sabendo não fazerem parte do perfil solicitado?

    Administradora de empresas, porém com muita disposição para aprender sobre rádio... Que tal a escola Rádio Oficina?

    Atriz? Talvez usasse a profissão de repórter de rádio como trampolim para a novela das 8?

    A realidade é uma só: poucas vagas para milhares de candidatos extremamente competentes e, como você mesmo disse, Cadu, as vezes, tanta qualificação acaba até atrapalhando pois o mercado sugere que um profissional tarimbado deseje um salário típico de funcionário público federal.

    O desespero de um desempregado com muita experiência o faz procurar emprego até no IML, mesmo que sua formação seja Arquitetura e Urbanismo.

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  2. Boa Cadú!

    É realmente lamentável nosso sistema disponibilizando tão poucas vagas pra tanta gente... gente que, muitas vezes formada, é formada em faculdades em que ao menos vestibulares pretaram e possuem um portuguêm horrendo...

    É presiso que, cada um de nós, ao ler um anúncio, tenhamos bom senso ao encaminhar um curriculo, evitando assim, que nosso "nome" seja queimado em outras áreas da mesma empresa...

    É preciso que, cada um de nós, comecemos a prestar atenção na hora de apertar a "tecla verde", pois ela é uma das maiores responsáveis por tudo aquilo que temos visto por "neste País"...

    Abraço!

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