sexta-feira, 27 de março de 2009

No Estaleiro - Um Hospital


Pois é, fazia uns 5 anos, mas fui parar no hospital na última terça-feira. Foi mais uma experiência incomensurável. A começar pelo atendimento no Pronto Socorro. Cheguei lá achando que uma pancadinha no cotovelo me renderia uma injeção de Voltarem, uma compressa de gelo e pronto.

Nada, descobrimos que se tratava de uma infecção no local do edema e que após os exames de sangue, não haveria outra opção. Vai internar. Nããão, como assim? Internar amigo? Foi só uma pancadinha no chão. As vezes esqueço que sou meio pesado, passei dos 3 dígitos e esse ano quase cheguei nas 30 primaveras.
Prólogo - Fui internado de terça para quarta, as 3h00 da manhã, depois de esperar umas 3 horas para liberarem o leito (chique né, não é quarto, é leito) e fazerem propostas indecentes, como me colocar na Enfermaria 2 (o que seria a 1?) fui para o apartamento 833.
Aí vem a parte mais engraçada. A quantidade de vezes que acordam você. Primeiro é pra dar as boas vindas. Hein?! Depois a enfermeira-chefe se apresenta. Aí chega a auxiliar da enfermeira-chefe. Todas medem a pressão, perguntam meu peso, altura e o que tinha acontecido. Juro que da próxima vez levo meu gravadorzinho digital e faço a locução dos fatos.

Quando você acha que vai dar um cochilo, lá pelas 5h30 da madruga, entra a auxiliar de novo para aplicar o medicamento. Ai da aquele mega vontade de fazer xixi, porque não importa se o seu caso é ou não desidratação, mas o que eles te enfiam de soro na veia não é brincadeira. Parecia uma das esculturas da Fontana di Trevi. As 7h00, adivinhem? Troca de turno. lá vem a enfermeira-chefe se apresentar, blá, blá, blá, auxiliar, etc. Detalhe: Tinha ido direto do futebol, ou seja não tinha roupas extras, portanto estava com aquele modelito bonito de hospital, parecendo aqueles doentes em fase terminal, sabe, cheio de olheira, ridículo.

Opa agora vou cochilar, depois de tomar 5 litros de soro, antiobiótico, 5 tipos de analgésico (de Tramal a Tylatil) grogue de sono, adormeço. Por 25 minutos. Entra a médica. Ela fica uns 5 minutos na sala, me pergunta o que aconteceu (dãã) e sai dizendo que eu teria que fazer um ultrassom. Muy bien. Agora consigo nanar, não, vem o café da manhã. E assim sucessivamente, lanche da manhã. Almoço às 11h30 e o médico chefe de equipe. Beleza, vou ganhar alta e ir embora pra casa dormir. Que nada, a visita dele foi a mais rápida e desalentadora de todas.

''É Carlos (pra quem não sabe meu nome é Carlos, Cadu é apelido, né mãe) ainda está inchado, vamos observar mais um pouco". Pensei, beleza daqui a pouco ele volta e me libera.

Conclusão: Fiquei até quinta-feira depois do almoço internado. E naquele esquema de troca de plantão, conheci umas 6 enfermeiras-chefe, 19 auxiliares e repeti a porra da história umas 42 vezes.

Cheeeeega, não aguento mais! Vou pra casa e a empregada me pergunta: Mas Cadu, o que aconteceu? ahahahah. Ainda bem que ela pediu as contas.

Hasta

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