No último domingo (21/06/09) fui ao jogo entre Corinthians e São Paulo. Além do resultado ter sido fantástico (me desculpem os são-paulinos, mas até o Jucilei, hein, sim, o Jucilei, do extinto J.Malucceli, fez gol!) pude fazer uma das coisas que mais gosto neste profissão - que hoje pode ser exercida sem diploma - que é observar.
Minha epopéia começa no chegada ao estádio do Pacaembu. Adivinhem? Eles, os tão famigerados flanelinhas, que faturam mais que muitos Doutores por aí. Mas estava embuído no espírito esportivo.
Flanela - E ai doutô? Vai pro jogo?
(Opa, se encosto o carro no meio fio, não vai ser pra pedi cigarro né? E outra, nessas ocasiões me sinto um "catedrático", um lorde, porque em jogo de futebol todo mundo vira doutô né)
Cadu - Sim chefe, quanto é?
Flanela - O doutor desce que a gente conversa.
Desci e o rapaz mandou.
Flanela - É vinte douto, mas a gente fica de olho até o final do jogo. (Sim claro, eles não juntam tudo pra comprar cachaça, tampouco assistirem o joguinho não). Eu disse que só tinha 10 conto. Ele riu da minha cara e soltou a seguinte pérola:
Flanela - Ai dá problema com o fluxo de caixa, desestabiliza né doutor.
Cadu - Mas amigo sempre venho aqui, sou jornlaista.
Parece que disse a palavra mágica. Pensei ou me f...ou o cara nem cobra.
Flanela - O Chocolate (devia ser o chefe do pedaço) vou fazer por 10 conto pro repórti aqui.
Paguei e entrei.
No caminho aquela festa de mijar em pneu de carro se torna uma constante.
No estádio eu e o colega Fabrício Bósio (Record) nos instalamos na arquibancada. Ali é um festival de pauta né.
Um tiozinho no auge do seus 47 anos resolve ser o ponto eletrônico do telão do Pacaembu.
Começa o jogo e o tio aponta pra mim que o jogo do Santos também teve início.
Ele falava: Olha lá (apontando) o Santos começou ganhando.
E eu querendo ver o jogo.
Minutos depois, o tio: Oia, o Framengo, sim puxava o R, também fez gol.
Depois de muitas cutucadas no meu ombro o tiozinho decide deixar o lugar. Posso finalmente ver o jogo. Mas, quando menos espero o tio volta. E tinha ido ao banheiro.
Enfim, soube de todos os resultados dos outros jogos e perdi alguns lances do timão contra o tricolor. Mas valeu, pois também pude perceber que o brasileiro mais uma vez provou, pelo menos no meu ponto de vista, que é diferente de qualquer outro povo do mundo. Na hora dos gols era uma festival de abraços entre pessoas que nunca se viram, rico, pobre, jovem, crianças e velhos.
Ainda tem gente que acredita na frase que eu acho que é do Milton Neves. "O futebol é coisa mais importante das coisas menos importantes que existem".
DEIXE A AQUIBANCADA DE LADO E FIQUE AO LADO DOS NOSSOS COLEGAS NA TRIBUNA DE IMPRENSA! VC SE SURPREENDERÁ COM AQUELES, QUE A PRETEXTO DE TRABALHAREM, TORCEM DESCARADAMENTE POR SEUS(?) TIMES!
ResponderExcluirDemais Caduzito. Só vi agora o texto, to acompanhando seu blog ou não??? ahahahaha
ResponderExcluirMas foi feríssima mesmo esse jogo, puta dia sussa, Pacaembu nosso e vitória sobre elas pra variar um pouco.