terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bloco do Barbosa, uma emoçao


Bom, todo mundo acompanhou ou soube da tragédia em são Luis do Paraitinga. A cidadezinha ficou destruída. Diante das condições em que me encontrava e ciente que ficaria com meu filho no Carnaval, topei o convite dos meus digníssimos pais para passarmos as festanças juntos, na dita cidade do Vale do Paraíba, na Serra do Mar. Trabalho voluntário, todo mundo deveria fazer um dia. Como vocês podem ver, Mateo se divertiu. Mesmo recém combalido (joelho esquerdo) fui a luta. O ginásio de esportes parecia um grande brechó. Roupas, sapatos e tudo mais. Na segunda-feira foi a vez das cestas básicas. A ONG que organizou esta parte está de parabéns. Um teto para meu País. Foi ótimo. Nobre. E me senti útil diante de uma situação que muitos não só perderam bens, mas lembranças. Após algumas horas carregando sacos de arroz e jeijão, ficamos sabendo que o Bloco do Barbosa ia sair naquela tarde. ahhh, na hora convenci Mateo e mamãe a me acompanharem. Pra variar uma epopéia. A banda se reuniu na parte não atingida pelas águas. Grupo de 100 pessoas, longe dos perto de 30 mil que é possível ver nesse vídeo. Olha, surreal. A começar pela história do Bloco. O próprio Barbosa. Motorista que levava um pessoal da cidade para Taubaté. E diziam que ele era um tanto quanto sonado no volante. E caso não dirigisse bem o Bonde (ônibus), a turminha iria contar para a Tia Rosa. e o melhor, o Barbosa estava lá. Bati um papo com a fera. Impagável. Ele me disse que ficava bravo antes, mas que decidiu entrar na brincadeira.
Pois bem, no meio da andança, debaixo de um calor de 35 graus, por onde passávamos, os moradores jogavam agua para refrescar. Teve até um que resolveu chamar reforço. Filha, mãe e tio foram à caixa d'água para refrescar a galera. Bom, me refrescou até a cueca, sai enxarcado. depois percebi a presença de um grupo de jovens com camisetas: Só Jesus salva! ele é o senhor! Ainda há tempo! nada contra, de verdade respeito todas as religiões, mas no meio de um bloco de carnaval, pregara palavra foi bem estranho. Tanto que os próprios foliões os excluíram do Bloco. Achei que estavámos chegando ao fuim, mas...parei num boteco para pegar algum líquido. Tava desidratado e suado e cansado. Pedi um um refrigerante e uma cerveja. Normal. A moça me respondeu, a cerveja e a outra? Eu novamente, a outra pode ser uma cerveja. Ela: refrigerante e A Outra? Perdi um pouco a paciência e respondi. Sim, a cerveja por favor! Ela: A Outra é o nome da cerveja senhor. Parecia Serra Malte, amarga mas desceu!
Fim da história, do Boloco do Barbosa. E uma promessa, ano que vem, a cidade vai voltar a eceber 30 mil fil'ões.
Hasta

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